O Pêndulo balança para...


 
... a evolução!!!





Eu estava com uns posts nos rascunhos para fazer, mas nenhum deles me deixava inquieto para ser feito, até que eu tive a ideia de fazer esse. Eu estava escrevendo até pouco tempo o porquê do deck Geargia ter sua principal carta liberada a três na banlist se temos outras cartas que poderiam ser soltas. Contudo, o que eu não estava entendendo, é que o contexto que o deck Geargia está inserido é muito maior que uma simples mexida em um status de uma carta na Banlist. 

Basicamente, o texto dizia em si que Geargia poderia ser um contrapeso do meta atual. Todos sabemos o que é um contrapeso, porém, relembrando: 

Significado de Contrapeso

s.m. Peso que serve para equilibrar uma força: o contrapeso de um relógio de parede.
Porção que se acrescenta a uma mercadoria para completar o peso desejado pelo comprador: contrapeso da carne.
Maromba de funâmbulo.
Qualquer força que diminui o efeito de uma força contrária.

Vamos nos atentar ao primeiro conceito, que de peso que serve para equilibrar uma força. Aquele artigo todo falava em um cenário sem Pendulum, somente com decks como Nekroz, Shaddoll e Tellarknight liderando o meta, em como Geargia, um deck de ace$$o fácil aos jogadores e também bem querido por conta de suas artworks, com jogabilidade Midrange (Alterna facilmente entre os estilos combo, control e Aggro), poderia deixar o meta mais acirrado com a liberação de sua principal armadilha. Não vamos entrar no mérito de ficar imaginando muito o quanto Geargia poderia mudar o panorama descrito (porque isso seria um pé no saco e uma perca de tempo), mas vamos focar nas diferenças que esse tipo de mudança traria ao jogo com Pendulum ou sem Pendulum, para que cheguemos a uma conclusão mais importante: 

Obs: Decks que são/foram importantes em 2015: Nekroz, Tellarknight, Shaddoll, Qliphort, Burning Abyss, Kozmo, Majespecter, HERO, Performage e suas variantes. 

Cenário 1: Sem Pendulum e com a liberação de Geargiagear na lista de Novembro de 2015:

Teríamos Nekroz, Shaddoll, Burning Abyss totalmente nerfados, como foi nessa lista, tornando a match contra Geargia um pouco desfavoráveis a eles, o que significa que com o preço baixo do deck e a facilidade de sidear com o deck, ele seria popularizado rapidamente, disputando o título de segundo deck mais forte do formato com Satellarknight, ambos atrás de Kozmo, que dominaria tudo, provavelmente. 

Cenário 2: Com Pendulum e com a liberação de Geargiagear na lista de Novembro de 2015:

Teríamos Nekroz, Shaddoll, Qliphort e Burning Abyss totalmente nerfados e Tellarknight com RotA a 1, tornando a match contra Geargia bem equilibrada contra esses decks, porém, com o lançamento de novos Performages e dos Majespecters, esses decks de engine Pendulum, além de Kozmo, dominam o formato deixando todos os outros citados para trás. 



Reparem como os cenários são diferentes. O artigo anterior só tratava de uma suposição de como Geargia poderia ser um contrapeso, o peso que equilibraria a força do metagame que acabara de ser destruído, caso não existissem os Pendulums agora. Mas, eles existem. E é onde você tem que começar a imaginar: Há dois formatos atrás, quando começou o formato Nekroz/Shaddoll/BA/Qli/Tellar, uma liberação de Geargiagear naquele momento faria ela, ao lado de Satellarnova Alpha, a armadilha mais poderosa do jogo e poderia fazer Geargia ser um dos decks do momento junto ao conjunto que citei. 

Entretanto, encaremos a realidade. O Pêndulo chamado Yu-Gi-Oh balança. Geargiagear só foi liberada agora, e nesse instante temos os Pendulums. Na Scale menor temos decks poderosos, que podem fazer muitos Synchros, Xyzs, Fusions e Rituais por turno, porém, nenhuma engine Pendulum. Na Scale maior temos os Pendulums, que são agressivos, geradores de vantagem por natureza e em sua maioria composto de cartas com dois efeitos: O efeito pendulum e o efeito monstro. Esse é o momento do jogo que define a diferença da escala maior para a menor, porque quando você analisa por si só o grande estrago que a Geargiagear "faria", e não "vai fazer" por conta da supremacia Pendulum, você chega a conclusão que agora a diferença das escalas está tão grande, que não tem mais volta: O Pêndulo chamado Yu-Gi-Oh balança entre as duas escalas para invocar a evolução. 

Evolução essa que sempre pedimos. Que é sempre necessária no mundo atual. Konami é uma grande empresa, ela não vai fugir disso. Primeiro ela fez a mistura de vários tipos de invocação em alguns decks, o que foi muito aprovada por todos, já que todos se divertiam com as possibilidades que um Xyz poderia dar a um deck Synchro, ou vice-versa. Com um deck (monstro) Fusion, poderíamos fazer Synchro e Xyz, dobrando ou triplicando possibilidades. E é essa a palavra chave da evolução: Possibilidades. Elas nunca são demais. 

E é isso basicamente que os Pendulums são: Uma invocação com um leque de possibilidades muito maior que as demais. Uma invocação com monstros que geram muito mais possibilidades por terem mais efeitos que os monstros "normais". 

Portanto, antes de atacarem a empresa que criou a invocação, dizendo que a invocação faz mal para o jogo, tente observar o contexto no geral: Você tinha uma era de cada invocação: Lá nos primórdios do jogo, vimos os Tribute Summon de monstros com ATKs cada vez maiores equipados a Equip Spells. Depois veio a era GX, trazendo duas coisas importantes: monstros com ATK e DEF baixos, mas com efeitos bons e a fusão como elemento introdutório ao Extra Deck, que não teve sucesso. Mas depois de introduzir a importância dos efeitos e fazer o player enxergar o extra deck, veio a invocação que alavancou o jogo: Synchro. Uma era inteira deles. Aprendemos nessa era que podemos unir cartas que aparentemente não tinham conexão nenhuma e gerar combos infinitos. Depois veio a evolução dessa era, nos ensinando que essencialmente o que vai ser mais poderoso, não é ATK/DEF, não são efeitos poderosos ou combos infinitos e sim tudo isso junto gerando uma coisa chamada possibilidades: Os Xyz. Acabado essa era, tivemos a criação de archtypes que uniam dois ou mais tipos de invocação em prol dessas tais possibilidades. Essa era foi curta porque ela só servia para introduzir o que vinha a seguir: Uma nova invocação que ampliava mais ainda as possibilidades, que seria a base para invocar todas as outras. 

As possibilidades geram autonomia por parte das pessoas que as têm. Existe algo mais importante do que isso em um card game? Você ter total controle por aquilo que você segura e poder mudar a qualquer momento a estratégia (ou desenvolver uma nova por conta das possibilidades) para solucionar um problema e conseguir sair vitorioso. Pendulums oferecem isso, e talvez o exemplo mais legal é o próprio PePe:

Source: Yugioh Intro to Expert Players
Esse é o combo gerado por 3 cartas que resulta na jogada principal do deck. Esse mesmo combo pode ser feito para chegar em outro(s) Xyz(s), que vai ter outro propósito. O jogo caminha para acelerar as jogadas e deixá-las cada vez mais agressivas, quem quer continuar com os decks antigos, fiquem, mas não venham com o discurso que Yu-Gi-Oh está ruim, que está muito rápido e tudo é cada vez menos skill e mais automático. Para fazer esse caminho aí mostrado, necessitou Skill, e muita. Mudar ele para fazer outro e chegar a vitória, mais skill ainda. Faltou uma peça desse combo? Mais skill para criar as mesmas ou possibilidades parecidas com outras cartas. Não são todos os decks que vão demandar uma abertura de possibilidades tão grande como esse, vai existir o outro lado da moeda em Pendulum, assim como existe em outras invocações, exemplo disso é o Qliphort, que exigia pouca imaginação ou skill para quem jogava com ele quando chegou ao meta. 

Acredito que podemos aumentar nossas próprias possibilidades quando tiramos de nós mesmos esses preconceitos de que algo é ruim (no sentido de não ser saudável) só porque você está relaxado e acostumado com algo que você achava ser bom e que foi superado com o tempo, até ficar "empoeirado". Sair da zona de conforto e aprender algo novo trará mais felicidade que ficar fazendo a mesma coisa sempre só porque você se sente confortável com aquilo. 

Em conclusão, a mudança da Geargiagear representa que o jogo não é mais o mesmo de um tempo atrás (e que não teremos mais contrapesos vindos da Banlist) e que mudanças como a da armadilha na Banlist vão começar a vim (No OCG tem mais exemplos que podem ser destacados) e nós teremos que nos acostumar, porque o jogo está numa crescente evolução com os Pendulums. Ou evoluímos com eles, ou faremos parte da nova geração dos "Old School".


Espero que tenham gostado, forte abraço a todos! o/

1 Comentários

  1. Muito bom LG. É isso mesmo que acontece, se você como player não quer ser deixado para trás na evolução do jogo precisa constantemente se atualizar sob as novas mecânicas, puxando para si o que há de melhor em cada uma delas. Pessoal que ainda joga de Tellarknight com 20 trap, por exemplo, tá travado no tempo não tá inovando. Pendulum tá ai pra ser usado e nada melhor do que puxar o melhor dessa mecânica para os seus decks preferidos, é o certo, evoluir junto com o jogo para atingir novos horizontes que ninguém poderia esperar.

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