4 de maio de 2015

Yu-Gi-Oh! 5D's - O primeiro episódio perfeito


 Eae pessoal, blzinha? Yu-Gi-Oh! 5D's em pleno 2015, o que tu tá fazendo Su!? Eu já tava com a ideia de fazer esse texto aqui a um bom tempo, mas o problema era achar um contexto propício para eu falar de algo (relativamente) velho. E o Yu-Gi-Oh! Arc-V está me oferecendo um bom gancho para falar do 5D's, uma vez que a história irá viajar para o ambiente de Neo Domino City e até contará com a presença de dois personagens principais da série de 2008 (Jack Atlas e Crow Hogan). 

 O título do post entrega a mensagem que eu quero passar pra vocês hoje: eu amo o primeiro episódio do 5D's. Não vou buscar fazer comparações entre as séries do Yu-Gi-Oh!, o que elas fizeram de errado, o que fizeram de certo, qual é melhor, nem nada parecido. Estou somente afim de mostrar tudo o que eu penso sobre o primeiro episódio de uma das séries mais amadas da franquia (até hoje inclusive. Sim, 2015), também não vou comentar sobre os rumos que o 5D's tomou, vou falar somente do primeiro episódio que é muito bem conduzido e conciso em si mesmo.

 Coloquem seus capacetes, liguem os motores e vem comigo.

OBS 1: Estarei falando da versão original japonesa do episódio e não da versão adaptada pela 4Kids pro ocidente.
OBS 2: Aconselho a assistirem o primeiro episódio antes de lerem o post.
OBS 3: Sem Spoilers, exceto nos comentários.

Compromisso com o telespectador.

 Série nova, vida nova, novidades. Um primeiro episódio tem um peso enorme e um objetivo grande a cumprir, ele tem que ser um motivo para quem vê continuar a assistir e se tratando de Yu-Gi-Oh, ele definitivamente não pode ser mais do mesmo, o que adiciona mais peso a ele. No caso do 5D's existe a adição dos Monstros Sincros, dos Duelos de Aceleração, das Speed Spells e principalmente do futurismo que a série traz (nunca visto na franquia numa escala tão grande). É dever do primeiro episódio entregar tudo isso ao telespectador sem que ele se perca ou ache as coisas um pouco forçadas de mais.

 Em 20 minutos de episódio ter que apresentar tudo isso e ainda contar a história de um jeito sútil seria complicado para qualquer um. Mas esse primeiro episódio bota fé e faz o trabalho da melhor maneira possível: 

 • Para acelerar as coisas, já no começo do episódio (após a abertura) está rolando um duelo, que claramente só tem importância para uma coisa: te mostrar como funciona as Speed Spells e o Duelo de Aceleração. A explicação é rápida e não tem nada na tela que te tire a atenção para que você possa receber a informação sem ter um estupro visual te atrapalhando. Em menos de 3 minutos você já está situado em como as coisas vão funcionar, mas somente na teoria, pois esse primeiro duelo não é mostrado na integra. Mas isso tem um motivo, na metade do episódio acontece um duelo entre Yusei Fudo e Ushio e nele sim as regras se aplicam, mas nada parece forçado, pois eles te passaram as regras anteriormente. O episódio separa a pratica da teoria para que você possa processar a informação, aposto que se tudo ocorresse num duelo só seria rápido demais para você pudesse se sentir interessado no que estava acontecendo.

 • Cartas brancas. Woah! Pra época isso deve ter sido chocante, o jogo todo começou a passar por uma mudança depois dos Sincros que vieram para acelerar ainda mais o card game. E como porta de entrada (além dos Rule Books) o primeiro episódio do anime tem que introduzir essa novidade: tivemos somente uma Invocação Sincro nesse episódio, quando se vai apresentar algo tem que fazer assim mesmo, nada de mostrar o mais extravagante (tipo um combo maluco de Quasar), mostra uma coisa pequena pro cara mais novo não se sentir deslocado e que ele possa entender o que está acontecendo (isso pode ser um motivo de uma parte do pessoal mais antigo no jogo ser tão avesso  as novas mecânicas). O que esse episódio nos ensina? Para fazer um Sincro eu só preciso saber matemática e saber diferenciar espécies de monstros, não é complicado, acho que vou tentar também! É assim que esse episódio faz parecer a nova invocação e é desse modo que tem que ser. Se quiserem adicionar ainda mais elogios a isso é só falar que o Yusei ganhou o duelo com Sincro, capitalismo óbvio, mas funciona pra fazer vender a nova mecânica, mais um detalhe bem feito pelo episódio, bingo!


Satellite, a cidade dos contrastes.

 Os primeiros minutos do episódio são muito bem dirigidos, te explica o suficiente sem gastar muito tempo, a troca de câmeras entre as cenas do Jack e do Yusei são perfeitas para estabelecer o ponto principal que a trama vai tratar: o contraste. Por quê um está num estádio tão grande e é chamado de Rei enquanto o outro está dirigindo uma moto com problemas numa cidade pós-apocalíptica? O que esses dois têm em comum? Quem é o nosso protagonista? Em poucos minutos você já está a par do tema da história (pelo menos da primeira temporada) e a cena que vem após a abertura concretiza as nossas dúvidas, principalmente a cena da visão panorâmica giratória mortífera da cidade de Neo Domino, ela nos mostra a grandiosidade de uma cidade desenvolvida, aquela cidade é o futuro. De repente a câmera troca para a cidade pós-apocalíptica de antes e mostra mais detalhes da sua falta de desenvolvimento, ela está aos pedaços. Jack vive em Neo Domino e Yusei vive em Satellite, duas cidades opostas, mas que estão interligadas, assim como os dois personagens citados, que por sinal são rivais (depois dessa, não precisava nem os personagens jogarem isso na sua cara toda hora, mas eles jogam).

 A partir daqui todo o episódio passa a retratar a cidade de Satellite, mas o aspecto que mais chama atenção não é o visual, mas os residentes dessa cidade e a relação deles com as pessoas da cidade de Neo Domino. Satellite é uma cidade favelizada e isso se mostra presente nas atitudes dos moradores dela, por exemplo o Rally que rouba um chip para a D-Wheel do Yusei, a vida na cidade só mostra a seus moradores que para sobreviver e alcançar seus objetivos em meio a este contraste desigual você tem que ser malandro. "Se os playboy num liga pra nóis, nóis mostra pra quê nóis veio." Tem-se claramente uma visão de injustiça nessa história toda, o sistema que rege essa sociedade (Neo Domino e Satellite) deve ser o responsável por tudo isso. Mas isso já é o dever do resto da história, o dever do primeiro é somente estabelecer uma base, porém dá pra deduzir muita coisa só com ele.

 Após a cena em que a Rally claramente mostra ter roubado um chip dos playboys da Neo Domino vem a cena da perseguição da polícia. Pera aí, achei que eu estava vendo um desenho pra criança. Isso aqui vai ser realista? Quase lá. Nessa cena temos o contato entre Yusei, morador de Satellite, e Ushio, oficial da polícia de Neo Domino e é nela que temos os diálogos que mostram a relação entre os moradores das duas cidades, a atitude com que Ushio trata Yusei revela a hierarquia social predominante. "De onde você roubou essa D-Wheel?" essa frase é o suficiente para perceber que Neo Domino olha de cima para Satellite com nariz empinado e tudo, revelando que os moradores da cidade mais rica vêem os moradores da cidade mais pobre como pessoas de classe social inferior e que não merecem apoio, pois usam de métodos ilegais para ter como sobreviver. Eita, essa história é bem realista mesmo, dá pra traçar vários paralelos dessa história com a realidade.

 A ambientação do 5D's é muito bem feita, nesse episódio mesmo o Ushio cita as "tatuagens" que a polícia coloca nas pessoas que cometeram atos ilegais para basicamente excluí-lo da sociedade legal e ainda por cima monitorá-lo, o sistema controla como as pessoas se relacionam criando mais preconceito e desigualdade na sociedade. São esses temas realistas que enriquecem a história do 5D's e a forma como que o universo da trama é retratada você se sente mais imerso ainda nela.



Yusei Fudo, o nosso protagonista.

  O protagonista é a alma da história, de fato, é ele quem move a história e também atrai o público (seja pelo seu carisma, suas atitudes, sua aparência ou sua identificação com o telespectador). No 5D's nós temos Yusei Fudo, um morador de Satellite. Como um autentico morador de Satellite ele sofreu com a discriminação e a partir de sua vivência ele lapidou a sua personalidade, que foi muito bem apresentada nesse episódio. Yusei teve boas cenas espalhadas pelo episódio todo, por exemplo a cena em que ele aceita usar o chip roubado para poder estar mais próximo de ir a Neo Domino e também a cena em que ele brinca com o orgulho do Ushio para ter uma chance de burlar a lei. Ele é malandro, essa é a identidade que o episódio construiu para o nosso protagonista, a sua personalidade é bem real levando em conta as circunstâncias: ele é assim porque a vida (e o Jack) mostrou que é assim que se consegue as coisas.

 Mas o mais interessante do Yusei está na filosofia que ele segue em seus duelos que reflete em vários outros aspectos de sua personalidade e de Satellite. O que um morador de Satellite pode fazer contra o sistema? Os moradores são oprimidos constantemente pela lei, eles são reduzidos para que se sintam pequenos e incapazes (e também para engrander o orgulho e poder dos playboys lá do topo), mas eles não são a minoria: o deck do Yusei é composto de criaturas de nível baixo que sozinhos não conseguem fazer muito, porém um vai invocando o outro e juntos eles criam um grande número de jogadas e consequentemente chegam na vitória. A união faz a força, não importa o quão pequeno sejam seus membros, é dessa forma que o Yusei duela e é essa a resposta que ele chega para os seus problemas. E pra apimentar ainda mais a rivalidade, isso vai contra as atitudes do Jack.

"Qualquer carta, desde que exista, tem uma utilidade." - Yusei Fudo

 Outro detalhe do deck do Yusei é que ele consiste em sua maioria de cartas relacionadas a lixo ou sucata e isso é um outro ponto interessante da sua construção de personagem e da ambientação da trama também: mais pra frente na história (ou na própria abertura) é revelado que a cidade Satellite é quem faz a reciclagem dos restos da  cidade Neo Domino. Viram aonde a staff do anime quis chegar com isso? Durante o duelo do episódio o Ushio falava que o Yusei e o deck dele não passavam de lixo e depois de ser derrotado tomou aquele sermão na cara. Troque a palavra "carta" por "população" ou "indivíduo" na citação acima e veja o significado que a frase carrega (e essa frase ganha um outro ponto de vista mais pra frente na história, é genial). O foco desse episódio foi o Yusei, que é o cara que não só move a história, mas também liga e enriquece os temas da história por meio da sua filosofia de vida e duelo.



Neo Domino, o objetivo da trama.

 Tudo o que eu falei até agora foi só ambientação e construção de personagem, eu mal falei da história ainda. O primeiro episódio de qualquer coisa está encarregado de nos mostrar a história da maneira mais interessante possível, ele tem que buscar ser o melhor da série, é ele que vai decidir se você vai com certeza ver ou com certeza deixar de lado. Você vai se sentir imerso porque a ambientação está boa e você vai se importar com os personagens pois a construção de personagem é consistente e bem pensada, falta saber se a trama vale a pena.

 Yu-Gi-Oh! 5D's conta a história de Yusei Fudo que busca justiça não somente com Jack Atlas, mas também com a sociedade em que ele está inserido. A sinopse parece promissora, mas sinopse sozinha não diz nada, o importante é saber se coisas acontecem e como acontecem.

 Eu tenho um sério problema com histórias episódicas (onde cada episódio não tem ligação com o anterior nem com o seguinte), eu não sinto que estão me contando algo, mas sim jogando um monte de coisas na minha cara e, naquele momento e somente nele, eu me interesso, depois eu esqueço e bola pra frente. Yu-Gi-Oh nunca foi uma série episódica, sempre teve começo, meio e fim e tudo isso amarrado da maneira que dava, 5D's não foge do padrão e esse primeiro episódio possui uma sequência de cenas e acontecimentos bem dinâmica e conta o suficiente pra entreter e envolver o telespectador:

 • Como já citado anteriormente, o contraste entre Neo Domino e Satellite não serve somente para nos colocar na história, mas também pra mostrar os personagens principais e suas características (mesmo que levemente). Vale a pena valorizar o diretor desse primeiro episódio, a troca de cenas ficou perfeita.

 • Depois tivemos um diálogo expositivo necessário entre os amigos do Yusei que estavam assistindo à TV, num diálogo normal não teria motivo eles explicarem de novo e de novo o que o Jack fez (já que todo mundo envolvido na conversa sabia disso), mas era necessário, caso contrário quem fosse assistir o anime iria ficar sem uma informação importante da trama. Só a fala do Rally já ajudaria a confirmar muita coisa mesmo sem o diálogo expositivo "Era pra ser o Yusei no lugar dele.". Também legal nessa cena é a interação entre os personagens , o Yusei teve que usar o ronco da moto pra mostrar que ele não tava gostando de ver seus amigos tão vidrados no Jack e a reação deles de "não dava pra não ver" também entrega que eles se importam com o antigo companheiro.

  • Uma história bem contada não é aquela que X acontece e então Y acontece, mas sim aquela que X acontece e por isso Y acontece. Isso cria uma relação entre as cenas e essa relação (junto das ações dos personagens) é o que move a história pra frente e esse episódio segue tal efeito de causa e consequência. Rally rouba o chip, e por isso a policia encontra o esconderijo/casa de Yusei e seus amigos, e por isso o Yusei decide despistar a polícia sozinho, e por isso Yusei oferece uma aposta a Ushio que por ser orgulhoso aceita (mesmo sendo contra a lei), inicia-se o duelo, durante o duelo eles dão várias voltas por Satellite (despistamento concluído), Ushio zomba do Yusei, Yusei ganha o duelo e por isso dá uma lição de moral no policial (revelando sua filosofia de vida), Yusei dá no pé e olha pra o horizonte, enxergando a cidade Neo Domino, e diz "Jack, eu estou chegando." Todas essas cenas tem sua importância e juntas elas criam uma sensação de continuidade mostrando tudo o que um primeiro episódio precisa mostrar: personagens, universo, motivação e objetivo da trama. 


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 Eu falei tudo isso e nem citei os aspectos mais técnicos da coisa (animação, som, dublagem, etc.) então esse post deve ter ficado um pouco subjetivo, mas não foge muito das criticas ao ato de contar histórias. Yu-Gi-Oh 5D's é uma das minhas séries favoritas da franquia e muito disso se deve ao fato de ela ser bem pé no chão e ter uma história dinâmica e bem contada (mas tudo no Yu-Gi-Oh tem seus problemas e seus exageros, tradição infelizmente). Gostaria muito de fanboyzar ainda mais esse texto falando das minhas opiniões, falando do que eu acho dos temas levantados, dos personagens que eu mais gosto e também do que eu achei do rumo que o anime tomou e aonde ele foi parar. Mas eu vou poupar vocês disso no post, mas quem quiser fazer uma discussão sobre o assunto a parte de comentários está aí pra isso e é claro que eu vou participar também!

 Reconheço que não são todos que levam seus hobbys a sério, alguns só querem curtir o entretenimento numa boa sem ir muito a fundo neles. Quando se trata de histórias (seja literária ou animada) eu não sou um desses, alguém depositou seu esforço na produção de uma obra, eu quero analisá-la em todos os seus detalhes, entender o cara que fez, o que ele quis me passar por meio dela e entender porque eu gostei dela também. Você não vai convencer alguém a assistir alguma coisa só falando "Nossa, aquilo foi foda!", analises mais críticas tem suas utilidades também.

 Estou torcendo aqui para que o Arc-V retrate o universo do 5D's em toda a sua maestria, desejo a todos uma ótima semana e até a próxima, falous!

7 Comentários:

Fairchild disse:
4 de maio de 2015 às 11:28

Estive de férias nas últimas semanas, e revi TODA a série 5D's com meu irmão, valeu cada minuto sentado na frente da TV. <3
Acho a série incrível, tem muitos pontos positivos - por mais subjetivos que possam soar, as vezes - que eu poderia citar, mas se você já o fez, também vou deixar o fanboyzismo de lado. Assistiria (assistiREI) de novo algum outro ano desses. =d

As histórias de YGO, no geral, me agradam bastante, e é interessante ver o desenvolvimento dos personagens conforme a história se desenvolve, eu gosto. Ainda não consegui digerir o Yuma, infelizmente, embora entenda perfeitamente que o foco do anime não seja marmanjos como eu, nem agradar as "gerações passadas de fãs" - embora toda a trama em si tenha me agradado exageradamente. Tenho boas expectativas quanto ao Arc-V também.

Enfim! Muito boa análise, quem joga YGO! e ainda não conhece a série, é uma sugestão e tanto, vale muito a pena.

Mathias disse:
4 de maio de 2015 às 14:18

Minha série favorita de Yu-Gi-Oh!, não só pela crítica social mostrada em todo o anime, mas também pela crítica ao atual sistema político, que se passa de ineficaz de suprir as necessidades do povo inteiro apenas para endeusar outras pessoas. O próprio aspecto dos signatários em contraste com os Dark Signers é isso, uma maioria (Dark Signers) se rebelando contra aqueles que são postos como deuses (Signers). Essa série da franquia é perfeita no sentido de crítica social e divertimento (Não em trama porque depois Yusei vira um deus....).

Naka disse:
4 de maio de 2015 às 17:55

Não sei se vale como curiosidade mas o diretor de 5ds é o mesmo de ArcV, acho que por isso teremos uma trama melhor elaborada. Uma caracteristica que se pode notar é a introdução no inicio de cada episodio de 5ds ao "riding duel" coisa que tbm acontece no arcV dependendo do mundo que os protagonistas se encontram. Talvez role algum tipo de intro diferente quando eles forem para a dimensão do fusion.

Unknown disse:
5 de maio de 2015 às 13:41
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse:
5 de maio de 2015 às 13:42

Uma das coisas que me doeu, foi o fato de neo domino city ter sido reduzida a só "city" e satélite ter ficado com outro nome... Mudou a nomenclatura dos cenários no 5d"s e isso quebra um pouco a moral da sequência... Espero que a estória fique boa, pois criar uma sequência ignorando os detalhes anteriores é terrível.

Mathias disse:
5 de maio de 2015 às 13:42

Acho que ou a City não é Neo Domino ou é outra dimensão, só acho...

subonito disse:
6 de maio de 2015 às 00:04

Eu costumo brincar falando que a segunda temporada do 5D's (Yliaster, Meklords, Z-One e MUITA enrolação) não existe. O problema é que ela é necessária pra trama da primeira temporada, eu iria ficar frustrado de não ver o resultado da "revolução" que o Yusei fez na sociedade (o bangue da Ponte Daedalus, reconstrução das cidades e panz) e por mais que eu odeie a enrolação da segunda parte é justamente isso o que ela mostra.

Mas como o pessoal mesmo disse, é nessa maldita parte que acontecem as maiores cagadas da história: • o Yusei que eu gostava morre e aparece o Yusei do poder da amizade (o Rally e o pessoal desaparece, aqueles que mais ajudaram o Yusei e que mereciam mais destaque foram ignorados). • Deram destaque demais pra personagens que eles descartaram rapidamente. Lembram do moleque tímido lá meio psicopata, Sly, teve uma cena dele falando que estava "super" interessado no Stardust, porra já tava assumindo que ia ter um episódio em que ele ia roubar o Stardust ou qualquer coisa do tipo. Não. Simplesmente esquecem que isso aconteceu e bola pra frente. Também tem aquele time que usa monstros Normais, por mais que eu goste deles, dar tanto destaque pra eles e depois desaparecer com os coitados foi feio. (dá pra dizer isso daquele time do Unicórnio também, e aqueles lá nem carismáticos eu achei ¬¬) • O torneio de times inteiro foi o cúmulo da enrolação, teve um ou outro duelo legal e pro plot o plano do Yliaster de usar o torneio pra conseguir resultados não fazia sentido. Seria mais daora se eles anunciassem que iam botar pra foder com a cidade, aí os malucos dos Aesir testavam a turminha do Yusei pra aí sim eles irem pra fortaleza maluca lá, pior de tudo é que a enrolação quebrava muito o ritmo da história. ;=;

Eu gosto bastante do 5D's até o fim da saga dos Dark Signers (principalmente os 26 primeiros episódios onde tem a revanche do Yusei com o Jack), até lá parecia que desde o começo eles sabiam o que queriam fazer, a história era viva, coesa e só andava pra frente. A história do Z-one é bem interessante mas ela só aparece nos 45 do segundo tempo, aposto que se dessem mais destaque pra ele a segunda parte ficaria bem melhor e mais digerível.

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