8 de setembro de 2018

Relembrando um Deck Supremo #9: PePe


O Deck Pêndulo supremo!

Com a saída dos Nekroz do metagame, em Julho de 2015, um novo Deck chegava para tomar o seu lugar, e de uma forma ainda mais ousada. PePe se tornou um Deck tão absurdo que chegou em níveis astronômicos. E tudo isso, fruto da junção de dois Arquétipos principais, aparentemente fracos, mas que entre si, encontraram uma grande consistência! Essa é a história por trás do melhor Deck da história do jogo, e um dos poucos que gerou grandes problemas até mesmo para a Konami. Se você jogou nessa época, ou mesmo se só ouviu falar, esse é um post que você não vai querer parar de olhar!

Rebelião Fora de Controle
- O declínio de Qliphort -


Em Agosto de 2015 um novo booster set, chamado de Clash of Rebellions dava a cara no jogo, nos trazendo algumas cartas interessantes, e bastante usadas, seja naquela época, ou até mesmo nos dias de hoje: Performage Trick Clown, Performage Hat Tricker e Performage Damage Juggler. Esses novos monstros, serviam, principalmente como suportes genéricos para qualquer Deck que fizesse Rank 4, e se tornaram muito mais populares do que os Star Seraphs, já que não possuíam nenhuma restrição quanto a Invocar somente Monstros Xyz que usassem 3 ou mais matérias, que os Star Seraphs tinham. E por conta dessa versatilidade, os Performages se tornaram uma engine bastante comum nos Decks Shaddolls, e em algumas builds de Nekroz (que como vocês já sabem, ficou muito enfraquecido com a Banlist de Julho.

Outra grande mudança no jogo foram as chegadas de duas cartas bastante poderosas: Chicken Game e Wavering Eyes. Ambas eram bastante poderosas, e a mais genérica delas, Chicken Game, era usada em qualquer Deck na época, principalmente por ser uma carta comum da coleção. Uma Magia de Campo que podia, ao custo de pagar 1000 LP, fazer com o jogador do turno comprasse 1 carta, sendo facilmente buscada pela Terraforming, e permitindo que o jogador pudesse ativar múltiplas cópias da carta, comprando até mesmo 6 cartas, se usada em conjunto com a Pseudo Space, uma outra Field Spell que podia copiar efeitos de Field Spells no seu Cemitério. 

Já a Wavering Eyes foi uma carta que aumentou muito o poder dos Decks Pêndulo, e a época, Qliphort. Ela permitia que as duas cartas nas suas Zonas de Pêndulo fossem destruídas, permitindo buscar outra escala do Deck para a mão. Isso era muito explorado, em conjunto com o Qliphort Scout, e seu efeito que permitia buscar uma carta "Qli" do Deck para à mão ao simples custo de 800 LP. Com isso, você podia encher seu Extra Deck, e buscar Monstros Pêndulo com diferentes escalas para a mão, fazendo o que o Deck Pêndulo faz de melhor, múltiplas Invocações, e depois, permitindo que o jogador Invocasse o temido Apoqliphort Towers para o campo. E assim como a Chicken Game, a Wavering também podia ser ativada várias vezes por turno, o que fazia com isso se tornasse um combo muito forte para o jogo.

O Olho que tudo vê!
- A Konami ainda tinha o controle do jogo -

Pendulums e Wavering Eyes, um combo que se repetiria de uma forma ainda mais forte no futuro
E esse formato continuou dominando o Metagame, juntamente com Shaddolls, Burning Abyss, e o que sobrou do Deck de Nekroz, até a Banlist de Novembro de 2015, quando a Konami resolveu dar um famoso reset no formato. Nekroz finalmente teve o Shurit banido, juntamente com a Limitação do Nekroz of Brionac e Nekroz of Unicore. Os pilares do Deck estavam destruídos, e como sabemos, ele nunca mais seria o mesmo. Os Shaddolls foram enfim pisoteados pela Banlist, e assim como Nekroz, sofreram com um hit no ponto forte do Deck. El Shaddoll Construct foi banida sem nenhuma piedade, assim como Mathematician e El Shaddoll Fusion foram limitados. Isso fez com o que Deck perdesse seu boss monster, e juntamente com ele, seu poderoso controle de campo, além disso, com a limitação do Mathematician e da Spell de Fusão, o Deck perdeu seu gatilho para combos, e o seu potencial de OTK.

E como não poderia deixar de ser, os Qliphorts também foram parar na banlist. O poderoso e quase indestrutível Apoqliphort Towers foi banido, o que fez o Deck perder seu boss monster, e juntamente com isso, o Qliphort Scout, seu principal buscador foi limitado. Isso foi o suficiente para fazer com que a versão Turbo do Deck não existisse mais, e qualquer versão pura do Deck se tornasse inviável, com os recursos de busca reduzidos. E finalmente, os Burning Abyss também perderam um pouco de força, com o Cir sendo semi-limitado, e o Graff sendo limitado, porém, diferente dos outros Decks, ele ainda continuava jogável. Outras mudanças na lista tiveram menos importância, mas mesmo assim foram relevantes para o metagame. Ritual Beasts perderam o pouco da força que tinham com a limitação do Ritual Beast Ulti-Cannahawk, o seu principal monstro, e, além disso, os Satellarknight perderam um pouco do poder de busca, com a limitação da Reinforcement of the Army. Outro fato que merece destaque é que foi nessa banlist, que o Xyz Rank 4, staple em quase todo Deck, Evilswarm Exciton Knight foi banido.

Saindo de um problema, e entrando num maior!
- De um começo tímido, a temida ascensão -


Ao mesmo tempo que o Metagame estava sendo desmontado pelo Konami, uma nova coleção chegava no dia 06 de Novembro para o TCG. Dimension of Chaos trazia a princípio, dois novos Decks para preencher a lacuna deixada pelos Decks que haviam sido lançados no Duelist Alliance. Eles eram Majespecter e Kozmo. O primeiro era um Deck Pêndulo, que na sua grande maioria trazia Monstros Pêndulo de Nível baixo, e com pouco ATK/DEF, porém com todos os seus monstros sendo imunes a destruição por efeito. Sua principal estratégia era buscar as cartas Majespecters necessárias para a mão, principalmente as Traps do Arquétipo, entre elas a Majespecter Tempest e Majespecter Tornado. Seus efeitos permitiam, respectivamente, negar a Invocação de monstros do oponente, ou banir cartas que ele controlava, pelo simples custo de Tributar um monstro WIND Spellcaster, e por ser um Deck Pêndulo, enchia o campo com muita facilidade.

Kozmo já havia sido lançado de fato na coleção anterior, porém, foi a partir da Dimensão do Caos que ele foi re-lançado, com um novo Boss monster que fez com que o Deck fosse relevante no Metagame: Kozmo Dark Destroyer. Esse monstro, com um poder de ATK de 3000, e que não pode ser alvo de efeitos, fez com o Deck tivesse uma presença de campo e um potencial de OTK muito mais alto, e quando era destruído, Invocava outros dos seus companheiros, nunca deixando o campo vazio.

Porém, existia o terceiro Deck da coleção. Os Performages ganharam suportes Pêndulo, entre eles o famoso Performage Plushfire. Um monstro que caia como uma luva no Arquétipo, sendo capaz de Invocar novos monstros do Deck quando fosse destruído, e aumentando a velocidade para se fazer Invocações-Xyz do Deck, e além disso, caso ele estivesse na sua Zona de Pêndulo, e outro Plushfire fosse destruído, você podia Invocar 2 monstros (ele mesmo da Zona de Pêndulo, e outro do Deck pelo seu efeito de monstro). O efeito não era uma vez por turno, e Wavering Eyes podia destruir até 2 cópias dele, trazendo 2 novos monstros, e buscando um novo Pendulum pra mão. Com isso, e somente mais um monstro de Nível 4 no campo, o jogador era capaz de Invocar o Tellarknight Ptolemaeus, um poderoso monstro Xyz genérico que podia trazer o poderoso Cyber Dragon Infinity pro campo. Isso porque, seu efeito permitia que, ao desassociar 3 Matérias Xyz dele, um monstro com 1 Rank maior que não fosse um "Number" pudesse ser Invocado usando ele como Matéria, que no caso, era sempre o Cyber Dragon Nova, que servia de escada para trazer o poderoso Infinity (algo semelhante ao que acontece com o Number S39: Utopia the Lightning no metagame atual).




Outra tech que fazia parte do Deck era a da Brilliant Fusion, que muito de vocês já devem conhecer. Ao enviar o Gem-Knight Garnet e um monstro de LUZ para o Cemitério, você podia Invocar a Gem-Knight Seraphinite. As opções mais viáveis eram enviar o Trick Clown ou o Damage Juggler para o Cemitério e ativar seus efeitos, onde, respectivamente, ao custo de 1000 LP, você podia Invocar um monstro Performage do Cemitério, com seus efeitos negados, ou o segundo poderia se banir do Cemitério para adicionar 1 monstro Performage para a mão, que normalmente era o Plushfire, já que ele iniciava os combos.

Esse formato do jogo fez com que muitos Decks começassem a usar o Naturia Beast como side para diversas situações. Porém, assim como os outros, o próprio Deck PePe conseguia fazê-lo, e ganhar vantagem no turno 1, muitas vezes com o Infinity negando efeitos ativados por desassociar matérias e o Beast negando ativações de Spells (lê-se Pêndulo) ao enviar 2 cards do topo do Deck para o Cemitério (e gerando vantagem com múltiplos efeitos). Ou seja, o usuário de PePe criava o seu campo extremamente poderoso, e impossibilitava o oponente de fazer o mesmo. E isso era muito fácil, bastava Invocar o Xyz Rank 4 King of the Feral Imps, que só precisava de 2 Monstros de Nível 4, e que uma vez por turno te permitia adicionar 1 Monstro Réptil para a mão, ao desassociar 1 matéria, um efeito que servia para adicionar o Level 1 EARTH Tuner X-Saber Palomuro, que usado em conjunto com o Performage Hat Tricker como matéria Sincro, trazia o Beast com muita facilidade (e vale lembrar que o Hat Tricker podia ser Invocado especialmente, caso o seu dono controlasse 2 ou mais monstros, e pra isso acontecer era só destruir o Plushfire).

E o Deck ainda tinha outras grandes opções. Um combo diferente, mas também comumente usado era o que servia para trazer o Ignister Prominence, the Blasting Dracoslayer, um Monstro Sincro capaz de remover cartas no campo sem dar alvo (útil contra Kozmo e Majespecter), ao custo de destruir uma carta na Zona de Pêndulo ou um Monstro Pêndulo no campo (eu já falei sobre o Plushfire?). Ao custo de destruir 1 carta sua e embaralhar uma do oponente no Deck, você trazia 2 monstros de graça para o campo, Invocava o King of the Feral Imps, adicionava o Palomuro, Invocava o Hat Tricker, e fazia outra Synchro Summon, impossibilitando seu oponente de ativar qualquer Spell (novamente, lê-se Pêndulo).


Pior do que tá não fica?
- O show de horrores começa -


Como já dizia um sábio contemporâneo, nada é tão ruim que não possa piorar. E piorou, saiu de controle. Ainda no final de 2015, com a chegada do Master of Pendulum Structure Deck, um novo monstro que seria posteriormente obrigatório no Deck foi lançado: Performapal Skullcrobat Joker, com um efeito que permitia adicionar um Monstro Pêndulo "Magician", "Odd-Eyes" ou um monstro "Performapal" do Deck para à mão. Mas, onde estavam os "Performapals" do Deck? Eles estavam a espreita, e logo dariam as caras.

O que antes era somente Pe, virou PePe. Finalmente o show de horrores estava completo! Foi com a chegada da coleção Breakers of Shadow, em Janeiro de 2016 que o Deck PePe ganhou força total, com os novos monstros Performapal. Performapal Guitartle e Performapal Monkeyboard fizeram o Deck chegar em um nível nunca antes visto. O Monkeyboard tinha um poderoso efeito que podia buscar o buscador do Deck, e o Guitartle ativava o seu efeito quando um Performapal era colocado na Zona de Pêndulo, te permitindo comprar 1 carta, e isso era insano, e dava uma velocidade impressionante para o Deck. E outro fator interessante, é que o mesmo combo poderia ser feito com o Performapal Lizardraw, que na Zona de Pêndulo podia se auto destruir e, permitindo assim que o seu controlador comprasse mais 1 carta.

Luster Pendulum, the Dracoslayer era uma das muitas Tech cards que o Deck possuia. Ele podia destruir uma outra carta na sua Pendulum Zone e adicionar 1 de mesmo nome para a sua mão (muitos players usavam ele para trazer o Monkeyboard  ou Guitartle por esse efeito). Sem contar, que também servia como Matéria Sincro ou Fusão para a Invocação de Monstros "Dracoslayer" do Extra Deck. E enquanto isso, o Vector Pendulum, the Dracoverlord negava o efeito de qualquer carta na Zona de Pêndulo do seu oponente (some isso ao fato de você ter um Infinity e um Naturia Beast em campo). E ele podia ser facilmente Invocado pela Draco Face-Off, uma Quick-Play que permitia que o jogador revelasse 1 monstro "Dracoslayer" e 1 monstro "Dracoverlord" do Deck, e seu oponente aleatoriamente escolhia um para Invocar ou colocar na Zona de Pêndulo (mas só que você poderia escolher o que fazer com ele), e com isso, e um pouco de sorte, poderia ativar o Vector no turno do oponente.

O Plushfire agora também tinha um companheiro fiel, chamado de Performapal Pendulum Sorcerer, que podia destruir até 2 cartas que você controlava para adicionar 2 monstros Performapal com nomes diferentes do Deck para à mão (ou seja, o Monkeyboard, Guitartle e Skullcrobat também eram buscáveis por essa carta). E quando o Plushfire era destruído você podia Invocar outro de graça (lembrando que não é once per turn, então dava pra abusar desse efeito). Sem contar que ele é Level 4, e portanto, servia como Matéria para a Invocação-Xyz do Tellarknight ou do King of Feral Imps, e por ser EARTH, até mesmo como Matéria Sincro para a Invocação do Naturia Beast.

A Konami entra no jogo
- A inédita Lista de Ajustes tenta parar o Deck -

Resultado de imagem para PePe Banlist

A situação ficou fora do controle da Konami. O Deck PePe se tornou absoluto em torneios. Não tinha nenhum Deck que fosse capaz de vencê-lo que não fosse ele mesmo, e isso foi uma situação muito ruim para o jogo. Foi então que no dia 08 de Fevereiro de 2016, a Konami fez algo nunca antes visto no jogo: Uma Banlist de Ajustes (ou também conhecida como Banlist de Emergência). E nela a Konami tomou algumas atitudes drásticas, chegando ao ponto da própria Konami vir a público, e dar uma satisfação aos jogadores. Abaixo, você pode ler o que foi publicado em seu blog;

"Nós constantemente monitoramos todos os Decks e cartas usadas nos eventos de todos os níveis, no Yu-Gi-Oh! Championship Series e todos os torneios locais. Algumas cartas e Decks se tornam mais fortes que outros, e isso é aceitável. Mas nós temos que garantir que nenhum Deck se torne tão forte a ponto de não dar nenhuma chance a outros, porque vocês, duelistas, sempre nos disseram que gostam de ver variedades de Decks nos torneios. Estamos tendo muito problemas com o Deck Performage/Performapal por causa de sua força. Nós sempre quisermos e esperamos que ele fosse um Deck forte para o formato (ou até mesmo o mais forte), mas a verdade é que ele tomou um rumo que não queríamos e está se opondo a qualquer outro Deck, então vamos ter que tomar algumas precauções. Ao mesmo tempo, nós não queremos que os duelistas tenham reações instintivas quanto a nova Lista de Proibidos e Limitados, porque ela só será válida para torneios de grande porte, mas também recomendamos que qualquer duelista que esteja jogando em suas casas, na escola ou em qualquer outro lugar, passem a usá-la a partir de agora. E por esse motivo vamos implementar uma nova ideia, chamada de Lista de Ajustes. A Lista de Ajustes dará restrição a algumas cartas, porém somente em alguns eventos."

Konami, Fevereiro de 2016

A Lista de Ajustes fez as seguintes mudanças;

Performage Plushfire – Proibido
Performage Damage Juggler – Proibido
Tellarknight Ptolemaeus – Proibido
Performapal Skullcrobat Joker – Limitado
Performapal Monkeyboard – Limitado
Luster Pendulum, the Dracoslayer – Limitado

Sem dúvidas isso foi um baque e tanto para os jogadores, principalmente os de Metagame. Muitos deles cogitaram jogar seus Decks fora. O Deck de uma vez só perdeu parte de seus buscadores e também seu principal combo para encher o campo. Sem contar na limitação do Skullcrobat Joker e do Monkeyboard que destruiu o Deck. A engine Dracoslayer também estava dizimada, era o fim de uma era em Yu-Gi-Oh!

Ou será que não...?

8 ou 80!
- PePe e seus inúmeros suportes indiretos -


A Konami achou que tinha vencido, mas PePe passou apenas com ferimentos leves pela tão temida Banlist, que tentou matá-lo de todo jeito, mas ele resistiu. Bom, algumas coisas realmente tinham ficado um pouco mais complicadas, mas o Deck por incrível que pareça, continuou tão forte como antes, graças a seus suportes indiretos. No ano de 2015, novas cartas haviam sido lançadas, juntamente com o Skullcrobat Joker, no Master of Pendulum, mas não tinham tido grande necessidade de serem usadas no Deck, já que ele possuía buscadores o suficiente. Porém, a necessidade veio depois da Lista de Ajustes, e foi aí que o Wisdom-Eye Magician resolveu sair para passear. Seu efeito permitia que ele se auto destruísse caso você tivesse outra carta "Magician" ou "Performapal" na Zona de Pêndulo, e então, colocar um monstro Pêndulo "Magician" na sua Pendulum Zone. Isso já servia para ajustar as escalas com Dragonpulse Magician e Dragonpit Magician, podendo ainda assim Invocar seus monstros da mão e/ou Extra Deck, usar o efeito do Pendulum Sorcerer para destruir suas escalas, e enfim adicionar o Guitartle e o Monkeyboard, e a partir daí, adicionar o Skullcrobat, buscando novas cartas e gerando o mesmo campo invencível de sempre. 

Outra carta que também passou a fazer parte do Deck foi o Majespecter Unicorn - Kirin, um Monstro Pêndulo de Nível 6 (podia ser Invocado pelas suas escalas em campo) e que tinha um efeito bastante irritante. Ele podia retornar 1 Monstro Pêndulo na sua Zona de Monstros e 1 monstro do oponente para a mão (podendo dar alvo nele mesmo). Muitas vezes ele se auto-reciclava com esse efeito, garantido que você pudesse ativar o seu efeito no próximo turno (uma Compulsory em forma de monstro), ou algumas vezes, servia para reciclar cartas como o Pendulum Magician, possibilitando que seu efeito fosse novamente ativado.


A grande jogada por trás dos "Magician" é que eles tinham sua própria carta de busca: Pendulum Call. Pelo simples custo de descartar 1 carta, você podia adicionar 2 monstros "Magician" com nomes diferentes do seu Deck á sua mão (nesse caso o Dragonpit e Dragonpulse). O grande segredo por trás desse combo tinha também um pouco de criatividade por parte dos duelistas. Muita gente achou que seria impossível trazer o Cyber Dragon Infinity para o campo novamente, mas a solução era simples; descartar o Blackwing - Zephyros the Elite, e então Invocar normalmente um monstro de Nível 4 que não fosse o Pendulum Sorcerer (ele ainda podia ser buscado com certa facilidade pelo Deck, então você provavelmente teria ele em sua mão). Depois disso, o efeito do Blackwing poderia ser ativado, retornando uma das suas escalas para a mão, e Invocando-o do Cemitério. Com 2 monstros de Nível 4 em campo, você só precisava Invocar o Raidraptor - Force Strix. Ai você só colocava sua escala de volta na Pendulum Zone, e fazia quantas Pendulum Summon pudesse, incluindo o Pendulum Sorcerer, e ao ativar seu efeito, destruir o Force Strix e outra carta a sua escolha, adicionando 2 monstros para a mão. Depois, a carta Rank-Up-Magic Soul Shave Force poderia ser ativada ao dar alvo no monstro Raidraptor destruído no seu Cemitério, Invocá-lo, e então usá-lo como Matéria para Invocar um monstro cujo Rank fosse 2 a mais do que o dele. Era uma conta simples: 4 + 2 = Infinity.

E lá vem mais...
- O poder de negar Invocações -


E se você não quisesse usar uma build, não fazia mal, tinha outra a disposição, ou até mesmo, as duas juntas se você preferir. Outra cartas que também vieram na Breakers of Shadow: Guiding Ariadne e Solemn Strike viriam a se tornar um outro problema a ser enfrentado. O efeito da Guiding podia ser ativado quando ela fosse destruída (lê-se Pendulum Magician), assim, você teria direito a pegar qualquer Counter Trap do jogo e adicionar do seu Deck á sua mão, ou seja; Solemn Warning, Solemn Scolding, Ultimate Providence ou qualquer outra que vier a sua mente podiam ser facilmente buscadas, o Deck passou então a usar Traps, sim; o Deck usava Monstros Normais, de Efeito, Pendulums, Fusão, Sincro, Xyz, Spells e Traps (só faltava Ritual), e tinha inúmeras saídas para qualquer situação, e sem exageros, mais de 10 tipos de Builds diferentes. Sem dúvida o Deck mais completo e mais veloz de toda a história.

Guia de combos que o Deck era capaz de fazer com somente 3 cartas


Enfim, o fim
- A Banlist definitiva -

Imagem relacionada

A Konami nunca perde a guerra, essa é a realidade. Mas essa foi uma árdua batalha. E felizmente, teve um final feliz para o jogo. Finalmente, no dia 11 de Abril de 2016, tudo isso veio abaixo, com uma das maiores Banlists já feitas para o jogo, com 22 mudanças ao todo. Nessa lista foram banidos, assim como na Lista de Ajuste; Performage Plushfire, Performage Damage Juggler e Tellarknight Ptolemaeus, porém com duas outras cartas entrando nessa lista; Wavering-Eyes e Chicken Game. Dessa vez o hit foi ainda mais pesado. Outras cartas como Ignister Prominence, the Blasting Dracoslayer, Luster Pendulum, the DracoslayerPerformapal Monkeyboard, Performapal Skullcrobat JokerWisdom-Eye Magician e Draco Face-Off foram limitados. Dessa vez sim foi um duro golpe para o Deck, que perdeu seus buscadores, Invocadores e seu Draw Power. E ainda, na lista seguinte, em Agosto do mesmo ano o Monkeyboard foi banido e o Majespecter Unicorn - Kirin foi limitado, e em Março de 2017, banido. No fim das contas, quase todas as cartas do Deck acabaram banidas, a Konami teve dificuldade, mas venceu mais uma.

Porém, como um alento para aqueles que jogaram ou que gostavam do Deck PePe: vocês não tem motivos para ficarem tristes. É verdade que hoje em dia ele não é mais o que já foi, e nem ao menos é jogável. Mais isso serviu para a Konami aprender um pouco com os seus erros (cartas com poucas restrições ou custos pífios), e esse tipo de Deck dificilmente vai aparecer de novo. Zoodiac até foi um Deck Tier 0, mas com muito menos recursos que PePe, e ainda conseguia ser vencido por outros. Eu não gostei de ver o rumo que o Deck tomou, mas dessa vez achei necessário, e quem sabe agora, com a Era Link, um dia a Konami não libere as cartas aos poucos, mas com uma certa cautela para que o mesmo erro não se repita. Possibilidades são sempre bem-vindas, e o que importa é que o Deck PePe vai ficar para sempre na história como o Melhor Deck já visto! O Deck Pêndulo Supremo! E ter vivido essa época, deve ser sim um motivo de orgulho para todos nós.

Comentários
1 Comentários

1 Comentários:

Lord Mark disse:
30 de julho de 2019 às 22:17

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