Avião sem asa, fogueira sem brasa, sou eu assim sem você ♫
O ano de 2015 começou com uma nova Banlist, que enfraqueceram um pouco os Shaddols, e também trouxeram de volta uma nova carta que estava banida a anos para o jogo; Snatch Steal, uma carta que agora se tornou praticamente obrigatória em qualquer Deck. Grande parte do Metagame de Janeiro de 2015 era formado pela melhor trinca do jogo: Shaddoll, Burning Abyss e Qliphort. Tudo corria bem, até que em Fevereiro do mesmo ano, esse três Decks foram obliterados (não foi o Exodia chegando não) com o lançamento do mais novo booster set, The Secret Forces. Era o começo de um novo formato.
As Forças Secretas
Lançado em 12 de Fevereiro de 2015, o booster The Secret Forces criou um verdadeiro carnaval para o jogo, trazendo 3 novos Arquétipos: Yosenju, Ritual Beast e Nekroz. Todos tinham mecânicas completamente diferentes uns dos outros, e aos poucos foram fazendo parte do Metagame daquele período. Os Yosenjus, um pouco menos relevantes, enchiam o campo com múltiplas Normal Summons, e permitia com que o jogador Invocasse poderosos monstros Xyz pro campo, para tentar parar os combos do oponente. Ritual Beast, apesar do nome, era um Deck baseado em Fusão de Contato, e ficou famoso por seus longos turnos, sem contar na sua incrível capacidade de se de-fundir no turno do oponente, se livrando de alvos de efeito, e ganhando vantagem de campo.
Porém, entre todos esses, o mais forte e mais famoso foi o Deck Nekroz, que é formado por diferentes Monstros Ritual, todos com efeitos de campo extremamente poderosos (que normalmente envolviam monstros de Extra Deck), como também com efeitos de descarte. Isso deu ao Deck um grande nível de controle e consistência nunca antes visto em nenhum Deck de Ritual. Esse poder se dava muito por conta dos monstros Nekroz of Brionac e Nekroz of Clausolas, já que ambos podiam ser descartados para buscarem outras cartas Nekroz e também tinham poderosos efeitos quando eram Invocados.
Porém o Deck tinha ainda, um outro monstro muito poderoso: Shurit, Strategist of the Nekroz, que podia ser usado como um Tributo inteiro para uma Invocação-Ritual, como também poderia buscar qualquer Monstro Ritual Warrior do Deck para à mão quando era Tributado, podendo ativar o efeito ao ser usado como matéria para a Invocação-Ritual, e pode acreditar, seu nome realmente fazia jus a ele, já que ele era o montador de estratégias do Deck, e sempre te trazia a carta necessária, na hora certa.
A forma inicial do Deck também trouxe a tona uma carta que nunca haviam sido relevantes na era 5D's: Djinn Releaser of Rituals. Esse monstro tinha um poderoso efeito que não permitia que o oponente não pudesse Invocar por Invocação-Especial nenhum monstro, enquanto o Monstro Ritual que tivesse usado ele como matéria estivesse no campo. E como se não bastasse, essa carta poderia ser usada para uma Invocação-Ritual não só da mão ou do campo, como também do próprio Cemitério. Algo que ficou conhecido mais tarde como Djinn Lock.
O Djinn Lock era comumente feito pelos players, ao se Invocar o poderoso Rank 4 Lavalval Chain e ativar seu efeito, para enviar o Djinn para o Cemitério diretamente do Deck. O Djinn então, pelo seu efeito, podia ser banido do Cemitério como um dos monstros requeridos para a Invocação-Ritual. Por ser de Nível 3, era normalmente usado para Invocar o Clausolas, que tinha uma poderosa defesa de 2300 pontos e um poderoso efeito que diminuía o ATK dos monstros do oponente para 0. Um Clausolas entrando em campo nessas condições era algo muito difícil de se destruir, já que além de ser difícil contra-atacar com um monstro, outros monstros Nekroz podia se auto-descartar para proteger o Clausolas da destruição, causando um Lock quase que impossível de ser desfeito.
E foi então que o Deck Nekroz, se aproveitando do uso do combo Djinn Lock, começou a tomar conta inteiramente do Metagame, deixando de lado quaisquer outros Decks que lá estavam até o momento. Entretanto, era um Deck com cartas muito caras e de difícil acesso, e não era tão visto como os Decks lançados na coleção Duelist Alliance. Isso significou que, grandes torneios YCS, onde os jogadores tem mais condições financeiras, foram completamente dominadas pelo Deck Nekroz, e já em competições menores, os Shaddolls, Burning Abyss, Qli, e novos Decks como Yosenju, Ritual Beast e Masked HERO continuaram sendo jogáveis.
Vou chorar, desculpe mas eu vou chorar ♫
E assim como qualquer outro Deck que já passou por essa quadro, os Nekroz tiveram o fim do seu curto domínio de 5 meses, na Banlist de Julho de 2015. O fato é que dessa vez a Konami esqueceu qualquer outro Deck do Metagame, e todos os seus esforços foram para parar o Deck Nekroz de uma vez por todas, e conseguiram. Para começar, o Djinn Releaser of Rituals e Lavalval Chain foram banidos, impossibilitando que o combo Djinn Lock, ou algo similar a ele fosse novamente executado. Assim também, o Shurit, Strategist of the Nekroz, foi limitado, o que acabou sendo um duro golpe para a consistência do Deck, e piorou quando ele foi posteriormente banido. E por fim, o segundo principal buscador do Deck, Nekroz of Brionac, foi semi-limitado, e posteriormente limitado. O Deck praticamente já não tinha mais capacidade de busca, e o controle de campo que ele tinha, estava banido. Isso resultou na re-entrada dos Shaddolls e Qliphort, juntamente com Ritual Beast, Burning Abyss e Satellarknight de volta ao metagame, e isso foi visto nos resultados do WCQ daquele ano, que trouxeram vários tops desses Decks, o que antes, no domínio do Deck Nekroz, seria impossível.
E foi assim, que o Deck Nekroz entrou para o hall da fama, dos melhores Decks da história do jogo. Um Deck que tinha, consistência, poder de fogo, controle de campo e velocidade, algo que pouquíssimos Decks na história tinham, e um deles, inclusive, o seu sucessor: PePe. Mas aí, já é uma outra história! Espero que tenham gostado, e que eu tenha feito valer o voto de todos que participaram da enquete no Facebook. Até a próxima, e com carinho! Que Rá abençoe todos vocês.
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