4 de outubro de 2017

Nextory #8: Pintando um Clima


Hoje no museu Nexus, temos uma galeria de arte!


A Era Link já começou faz um tempo, e nenhum Deck dessa era recebeu um destaque muito grande em relação ao Metagame (exceto SPYRAL), mas muitos desses arquétipos tocou nosso coração por um outro motivo, suas artworks divinas. Sem dúvida, um desses arquétipos foi o Weathery (chamado de The Weather Painter no TCG), que é um arquétipo que renasce uma mecânica antiga (Senet Switch), só que de uma maneira um pouco melhor, mas infelizmente não muito forte. Mas, você sabe quais são as inspirações por trás desse arquétipo maravilhoso que já entrou no meu TOP 10 das Era Link pelas suas artworks invejáveis? Não? Então senta que lá vem história! (que saudade desse slogan xD).


O arquétipo Weathery é baseado nos mais variados fenômenos climáticos (chuva, sol, neve, neblina, etc), como também é baseado com elementos da rotina artística de desenhistas (lápis, pincel, coloração, etc). Muitos desses elementos estão combinados nas artworks dos monstros do Arquétipo. Além disso, as Magias e Armadilhas do Arquétipo também são representadas por fenômenos climáticos, muitas vezes consequentes dos anteriores (Chuva/Sol >> Arco-Íris, Neve >> Granizo, etc) e os seus efeitos tentam reproduzir os efeitos que o clima causa na vida real. Além disso, um fato curioso é que todos os monstros do Arquétipo são de Nível 3, com exceção da Lampla, que é de Nível 6.


Vamos começar a contar nossa história com o Sunny Weathery Bengala (Mas só que ainda não achei as bengalas. Comecei cedo hoje hein?). Ele é baseado nas luzes do sol, algo que no Brasil, estamos bastante acostumados (a não ser que você seja do sul). Ela é uma luz que é emitida por fótons, que nada mais é do que uma luz branca, mas que não é totalmente pura. Na realidade, ela é formada por uma grande mistura de cores, que na nossa percepção acaba se tornando somente branca. Essas cores só podem ser vistas com um prisma (ou espectro), e então formam um Arco-Íris. Além disso, ele também é baseado no pincel, um utensílio muito comum e que está presente no cotidiano de muita gente. O pincel, embora seja muito conhecido nos dias de hoje tem os primeiros registros na história ainda na era paleolítica, sendo usado na pintura rupestre, chamada de "arte pariental", porém o pincel nem sempre foi do jeito que conhecemos. Os primeiros pinceis eram simplesmente pedaços de carvão, e as primeiras cores eram formadas da mistura entre corantes minerais e gordura animal.

Continuando a história, agora temos o Thunder Weathery Turmer que tem sua inspiração natural nos raios e trovões, além da inspiração artística no giz de cera. Os raios e trovões são fenômenos naturais que acontecem na atmosfera terrestre desde antes de Cristo, porém, naquela época eram associados a Zeus, para os Gregos e Thor, para os Nórdicos (aliás já tem um Nextory falando sobre eles, você pode ver aqui). Hoje, sabe-se que na realidade, não tem nada a ver com isso, e sim que se trata de um conjunto de processos físicos que auxiliam na formação desses fenômenos. Os raios são formados a partir da eletrização de uma nuvem. O movimento intenso de massas de ar no interior das nuvens gera atrito entre moléculas de água e gelo, causando a eletrização da nuvem, que terá as cargas elétricas separadas de modo que a sua base e o topo possuirão cargas elétricas de sinais opostos, e por conta disso, quando essas cargas se encontram, geram a descarga elétrica. Já o trovão nada mais é do que o choque dessas massas de ar quente, que se expandem, se encontrando com massas de ar frio, o que gera o estrondo do trovão, chamado de trovoada (não precisa mais estudar pra prova, tem tudo aqui xD). Um detalhe é que: o efeito dessa carta faz referência a isso, raios caem e voltam, até caírem de novo, e por isso que o efeito "troca" uma carta pela outra, uma vai e a outra volta, sacou? Já o giz de cera, que é muito comum em pré-escolas, e que é muito engolido por crianças (engolido mesmo, depois sai, não se preocupem pais) tem uma história bem simples e curiosa. Os gregos e romanos, por volta do ano 3000 a.C. costumavam misturar pigmentos de cera de abelha e pó de pedra para auxiliar na criação de pinturas. Com o passar do tempo, no século XVI o giz de cera começou a ser feito com um pó a base de celulose (que diferença hein). Ganhou o nome de 'Crayon' na França.


É a vez de falar das Waifus do Deck, e suas inspirações co-relacionadas. Snow Weathery Ciel é baseada na neve e no aerógrafo, enquanto que a Rainy Weathery Lazula é baseada na chuva e no hidrocor. Pra quem não sabe (acho isso meio difícil, mas vai que), a neve é uma ocorrência meteorológica que consiste na precipitação de flocos formados por cristais de gelo. O fenômeno pode apresentar intensidade leve, moderada ou forte, podendo receber a denominação de nevasca. Cada floco de neve é composto por água congelada em uma forma cristalina que, devido à sua grande capacidade de refletir a luz, adquire aparência translúcida e coloração branca. A precipitação desses flocos ocorre com frequência nas zonas de médias e elevadas latitudes do planeta Terra, uma vez que consistem em regiões de clima frio e temperado. Já o aerógrafo é um instrumento  utilizado para elaborar pinturas e gravuras por meio da pulverização proveniente de uma fonte de ar comprimido, como compressores de ar ou latas de spray, cuja tinta é expelida pela pressão da fonte de ar. Consiste em um equipamento com gatilho que controla o jato de ar, de modo a projetar o jato no local desejado, seja sugando de um recipiente, seja usando a pressão da tinta em conjunção com a gravidade, de modo que a própria tinta previamente diluída serve para facilitar a circulação do fluido. Não a toa, o primeiro efeito dessa carta faz referência a esse aparelho, que nos permite colocar uma carta "Weathery" na Zona de Magia/Armadilha, como se estivesse colocando a tinta dentro do copo.

Já a chuva é um fenômeno climático que ocorre através da evaporação da água (pelo sol ou outro processo de aquecimento). Esse vapor de água se mistura com o ar e, como é mais leve, começa a subir, formando as nuvens carregadas (quanto mais escura, mais água tem. E se tu ver uma dessas corre pra não se molhar xD). Ao atingir altitudes elevadas ou encontrar massas de ar frias, o vapor de água condensa, transformando-se novamente em água, e como ela é pesada e não consegue se sustentar no ar, acaba caindo em forma de chuva. O hidrocor, conhecido também como caneta hidrográfica (que nome chique hein) é um tipo de caneta com ponta de diâmetro variável, cuja tinta umedece uma ponta de feltro usada para escrever e desenhar. Existem vários tipos de canetas hidrográficas, e eles são: caneta marca-texto, marcador de quadro branco, marcador de segurança (aquele usado pelos forenses para descobrir sangue na cena do crime), o marcador permanente e o marcador de eleição (aquele usado quando tu vai fazer a identidade e suja o dedo). Note que na artwork dessa carta, a monstrinha segura uma caneta azul.


Os dois últimos monstros do Arquétipo (até o momento), são o Cloudy Weathery Sleet e a Polar Weathery Lampla. O primeiro monstro é baseado nas nuvens. Elas são formadas através da mistura de partículas de água e gelo, em seu estado líquido de ambos (ao mesmo tempo), que se encontram em suspensão na atmosfera, após terem se condensado ou liquefeito em virtude de fenômenos atmosféricos. As nuvens também podem sofrer mudanças, provenientes de fenômenos climáticos (como ter uma maior quantidade de partícula de água ou de gelo), ou por conta da poluição (fumaça negra de grandes empresas). Mas, também, como não poderia deixar de ser, o Sleet também é inspirado em um instrumento artístico: a caneta-tinteiro. Ela é uma caneta que foi bastante usada no século XX, entre os anos 50 e 60. Possui como característica ser uma caneta recarregável, onde você compra um frasco com a tinta de forma separada, e recarrega a caneta, quando a tinta estiver acabando. Atualmente, a caneta não é muito usada no o Ocidente, porém ainda é o principal meio de se escrever num papel no Oriente (China e Japão e países árabes), por conta da sua difícil caligrafia (onde deve ser escrita com instrumentos de ponta fina, como é o caso da caneta).

E pra fechar a galeria de arte dos monstros, temos a nossa magnifica Lampla. Ela é baseada num dos fenômenos mais bonitos e raros de todo o mundo, a Aurora Boreal (ou Aurora Polar). O sol, envia, de forma contínua magmas solares formados de prótons, elétrons e neutrinos para o nosso planeta, que formam uma energia pura. Enquanto isso, o nosso planeta está sendo revestido com a magnetosfera. Ela é uma barreira que protege nosso planeta da agressividade desses raios solares, se ela não existe não teríamos vida terrestre. Quando esse plasma liberado pelo sol chega nessa barreira, ela gera impacto das partículas com os átomos da atmosfera, gerando uma reação química e física, nos polos sul e norte, formando assim, a Aurora Boreal. Já o seu instrumento artístico é o Emakimono, que nada mais é do que um rolo de pintura, porém com estampas e desenhos, bastante usados em países como China e Japão.


E pra fechar o ramo dos monstros, temos a Waifu Rainbow Weathery Arciel, que como o nome sugere, é inspirada no Espectro Solar, que forma o Arco-Íris. O espectro de uma luz é a separação das cores componentes dessa luz. Essa separação, ou dispersão, pode ser obtida com um prisma ou com outro dispositivo chamado rede de difração. Nesse processo, a luz "branca" do sol é refletida em sete cores distintas, visíveis a olho nu, é nesse momento que o Arco-Íris é formado. Se a luz vier de outro objeto luminoso, como uma lâmpada, o espectro obtido pode ter apenas algumas cores. Os elementos ou compostos químicos podem ser induzidos a emitir luz. O físico alemão Gustav Kirchhoff descobriu que cada elemento químico emite luz com um espectro distinto e bem característico. Isto é, o espectro pode ser usado para detetar a presença do elemento na fonte de luz. Por exemplo, as lâmpadas azuladas que vemos nas grandes avenidas são ampolas com vapor de mercúrio (Hg). Quando uma corrente elétrica passa por esse vapor a lâmpada "acende", emitindo a luz característica do elemento mercúrio. Além disso, a inspiração artística para a criação desse monstro vem através da pintura a óleo. Essa é uma técnica artística, que se utiliza de tintas a óleo, aplicadas com pincéis, espátulas, ou outros meios, sobre telas de tecido, superfícies de madeira ou outros materiais. A popularidade da pintura a óleo atribui-se à extraordinária versatilidade que oferece ao artista conferindo magníficos resultados nas técnicas tradicionais (como a mistura cromática e o brilho) e excelente e consistente qualidade. Consiste em utilizar tintas a óleo, diluídas em aguarrás e óleo de linhaça. O suporte da obra neste caso é a tela, que pode ser feita de linho cru, ou de outras fibras. Para misturar as cores, os tons desejados, utiliza-se uma paleta de madeira. Antigamente os grandes mestres faziam suas próprias tintas.


Um dos fatores interessantes desse Arquétipo é que suas Spells & Traps são representações dos seus monstros e de obras de arte ou dos fenômenos naturais (ou ambos). No primeiro caso, podemos ver na artwork da Sunny Weathery Pattern o Bengala pintando o sol com um pincel (representando um pintor), além disso, essa pintura também faz referência a uma característica dos lugares de clima tropical onde existe maior eminência dos raios solares: o tempo ensolarado. 

Já por outro lado, a Trap Thunder Weathery Pattern não mostra o Turmer pintando com um pincel e de forma mais profissional, mas sim, mostra um pouco de rabiscos feitos com giz de cera. Além disso, esses rabiscos formam desenhos idênticos raios e trovões, representando um fenômeno da natureza onde essas características são muito comuns: uma tempestade.


Dando continuidade com as Spells & Traps, temos a Snowy Weathery Pattern, que é, assim como as outras, relacionada com um monstro do Arquétipo. Essa Spell card é relacionada com a Snow Weathery Ciel e é baseada nas nevascas, um fenômeno muito comum em regiões europeias e no natal americano.

Temos também a Rain Weathery Pattern que é relacionado com a Rainy Weathery Lazula e é inspirado nas finas garoas. As garoas são pequenas gotículas de água m suspensão na atmosfera e a baixa altura formando um nevoeiro de baixa intensidade, mas que chegam a restringir a visibilidade e a umedecer levemente o solo ou carros. (Agora você sabe porque seu carro amanhece com o teto molhado).


E pra terminar, vamos ver as duas últimas cartas do Arquétipo e suas relações. Temos a Cloudy Weathery Pattern que é relacionada com o Cloudy Weathery Sleet. Assim como o monstro que está relacionado, essa carta é baseada nas nuvens, e sua na sua artwork o monstro aparece voando na nuvem (seria essa a nuvem voadora do Goku?).

E por último, mas não menos importante temos a Aurora Weathery Pattern, que é relacionada com a Polar Weathery Lampla, e assim como o monstro, também é relacionado com a Aurora Boreal. Em sua artwork, diferentemente da do monstro, podemos ver de fato como é uma Aurora Boreal, com a própria Weathery desfilando em frente a ela.

Okay, okay pessoas, por hoje é só, mas não se preocupem, porque amanhã tem outro post! A Maratona Nexus ainda está no início, e está a todo gás! Espero que tenham gostado, e até a próxima.

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